De acordo com o levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANS), o preço médio da gasolina comum vendida em Belém chegou a R$ 6,19 entre os dias 05 a 11 de janeiro de 2025. A equipe do Diário do Pará percorreu alguns postos de gasolina neste domingo (12) e constatou que poucos postos estão comercializando o litro do combustível dentro da média divulgada pela ANS. Na capital paraense, o valor da gasolina pode variar de R$ 6,19 até R$ 6,29 se o pagamento for à vista (dinheiro, pix e débito); mas se o pagamento for no crédito a variação é bem diferente: de R$ 6,49 até R$ 7,69 o litro.
O valor pesa no bolso do consumidor, mas pesquisar antes de abastecer o veículo é uma ideia descartada para alguns motoristas. “Não costumo pesquisar antes de abastecer, pesa no orçamento e não tem muita diferença de um lugar para o outro, mas fico de olho e quando vejo que deu uma baixada, encho o tanque”, falou o motociclista Alexandre Lima.
O reparador automotivo Kleber Andrade prefere abastecer perto da sua casa pela comodidade e também dispensa pesquisar na hora de abastecer o carro. “Venho só nesse posto porque é perto da minha casa. Não costumo pesquisar porque às vezes fazer esse deslocamento acaba ficando uma coisa pela outra, pois a diferença é de centavos. Não tem para onde fugir, é a nossa necessidade, independente do preço, não tem para onde correr, essa que é a verdade”, disse ele.
Com a escalada do preço da gasolina, o executivo de vendas Manoel Cantão tem encontrado no álcool (etanol) a alternativa para continuar tirando o carro da garagem sem estourar o orçamento. “Mudei, estou abastecendo em álcool, por conta do preço da gasolina. Perco em longevidade porque a gasolina dá mais longevidade em quilômetros e o álcool dura menos. Mas não tem jeito com esse preço”, falou ele, que também não tem hábito de pesquisar. “A variação é muito pequena, tem posto que faz promoção e fico na dúvida sobre a qualidade. Então, é melhor pagar a média”, acrescentou ele.
Mas tem consumidor que acredita que a gasolina não está cara, como é o caso do taxista Gilberto Carvalho. “Todo tempo está barato, carro é enterro que a gente paga e vai atrás chorando. Com um litro a R$ 6,30 consigo rodar a cidade toda, pois a cidade é pequena, logo, tem um percurso pequeno. Não adianta chorar, porque chorar é pior”, declarou ele.