Para economizar nos custos de abastecimento sem diminuir a utilização do veículo ou investir em um modelo mais eficiente, é necessário encontrar maneiras de reduzir o consumo do carro atual. Manter a manutenção em dia é crucial para alcançar esse objetivo; além disso, é importante rever alguns hábitos ao volante para evitar desperdiçar combustível. No entanto, mesmo seguindo essas diretrizes, existem alguns fatores menos óbvios que podem aumentar o consumo de combustível, dos quais a maioria das pessoas não está ciente. Aqui estão cinco desses vilões.
PANCADÃO BEBERRÃO: A popular prática de adicionar acessórios não originais ao automóvel, especialmente sistemas de som potentes, movimenta um mercado considerável. No entanto, muitos não percebem que a instalação desses itens pode aumentar o consumo de combustível do carro. Segundo o engenheiro, componentes como lâmpadas, ventiladores, motores de arranque e até mesmo o alternador, podem ter sua durabilidade comprometida seriamente.
– Dependendo da potência do som e de outros itens “genéricos” instalados, os problemas não ficam restritos ao consumo maior;
– Novos equipamentos podem danificar ou encurtar a vida útil de uma série de componentes;
– Isso acontece se não houver uma adequação do sistema elétrico, informa Erwin Franieck, da SAE Brasil;
– Segundo Franieck, o efeito mais óbvio é a redução da vida útil da bateria, que passa a reter cada vez menos carga e pode arriar;
Contudo, antes de a bateria pifar de vez, há outras consequências:
ABUSAR DO FREIO ELEVA O CONSUMO: Não é apenas o acelerador que pode aumentar o consumo de combustível; o pedal do freio também desempenha um papel importante nesse aspecto. Frenagens bruscas podem reduzir significativamente a eficiência do carro, resultando em menos quilômetros percorridos por litro de combustível. Uma condução suave, com antecipação das frenagens, é recomendada para quem busca economizar dinheiro no abastecimento – portanto, evitar “esticar” as marchas é fundamental. Além disso, um estilo de condução agressivo pode acelerar o desgaste não apenas do motor, mas também dos freios, suspensão e pneus.
TANQUE CHEIO, BOLSO VAZIO: Quando você se depara com um posto de combustível com preços mais acessíveis, pode surgir o desejo de encher o tanque imediatamente. No entanto, é importante não se precipitar, pois preços muito baixos podem indicar adulteração no combustível. No caso da gasolina, essa adulteração envolve geralmente a adição de solventes ou etanol, ambos os quais podem aumentar o consumo e causar danos sérios ao motor e outros componentes mecânicos. Mesmo que o combustível não seja adulterado, é essencial considerar que um tanque mais cheio resultará em um veículo mais pesado, o que consequentemente eleva o consumo de combustível. A cada 100 kg adicionais, o gasto de combustível aumenta aproximadamente 6%. Portanto, evite encher o tanque até quase transbordar.
RODAR MUITO POUCO PODE VIRAR TIRO NO PÉ: Uma opção clara para economizar no posto de combustível é reduzir o uso do carro. No entanto, é importante notar que rodar muito pouco a cada dia pode resultar em um veículo menos eficiente em termos de consumo de combustível. Isso ocorre porque o motor precisa alcançar a temperatura ideal para que o calor expanda os componentes internos e garanta sua correta lubrificação. Utilizar o carro apenas em deslocamentos muito curtos, que não permitem atingir essa temperatura adequada, também pode acelerar o desgaste do motor.
NADA DE MOTOR ASFIXIADO: Normalmente, durante cada troca de óleo, o responsável pelo serviço realiza automaticamente a substituição do filtro correspondente, conforme indicado no manual do proprietário. No entanto, muitas vezes, os filtros de admissão de ar e de combustível são negligenciados e esquecidos quando se trata de manutenção regular. Esse descuido tem um impacto direto no consumo de combustível: um filtro de admissão de ar sujo restringe o fluxo de ar para o motor, o que leva a uma injeção adicional de combustível para compensar essa restrição. Da mesma forma, quando o filtro de combustível está saturado, o motor pode falhar, resultando no motorista pressionando mais o acelerador. A orientação é clara: é essencial trocar os filtros nos prazos ou nas quilometragens recomendados pelo fabricante do veículo.
Fonte: Uol