Usando uma camisa em formato de vitória-régia, planta típica da Amazônia, o DJ Alok fez um ensaio na noite desta quinta-feira (21) no estacionamento do Estádio do Mangueirão, em Belém do Pará, onde ele apresentará um show gratuito da turnê Aurea Tour no sábado (23).
O artista falou com o g1 sobre as expectativas para o show, que vai marcar a contagem regressiva para a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, que será na capital paraense em 2025 - veja no vídeo acima.
O show no sábado está previsto para começar às 21h. Os portões abrem às 18h. Haverá uma transmissão on-line e o show está previsto para encerrar à 0h. Dezenas de milhares de pessoas são esperadas, segundo o governo.
Uma estrutura em formato de pirâmide foi montada, com altura de um prédio de dez andares. Foram mais de cem toneladas de equipamentos, incluindo mais de dois mil painéis LED e drones, que farão um espetáculo à parte no céu. No topo da pirâmide, um palco giratório com visão 360 graus.
O show também terá artistas paraenses no palco, como Joelma, Pinduca, Gaby Amarantos, Zaynara e Viviane Batidão.
Alok revelou que trocou experiências com DJs locais de aparelhagens de som para preparar um show específico no Pará.
Uma estrutura reforçada de segurança foi montada no Mangueirão. O público será revistado no acesso ao show e há uma lista de itens que não o público não poderá levar.
A assessoria do artista informou, ainda, que todo o cachê do show deve ser doado à Fundação Santa Casa de Misericórdia.
Antes do ensaio, ainda nesta quinta-feira, Alok visitou a ilha do Combu, onde tomou açaí da forma tradicional paraense, e também o tacacá - prato que ficou ainda mais famoso com a música de Joelma "Voando pro Pará".
Na ilha do Combu, Alok prova pratos típicos da culinária paraense. — Foto: Divulgação
Na ilha do Combu, Alok prova pratos típicos da culinária paraense. — Foto: Divulgação
Alok comentou, na entrevista, sobre a trajetória ligada à causa ambiental, que o fez receber convite do governador do Pará, Helder Barbalho, para ser o embaixador da COP-30.
Ele também falou da receptividade do povo paraense e o que está preparando para apresentar no grande show, na noite de sábado.
Alok - É louco, porque estão falando disso agora (consciência ambiental), mas eu estou falando disso tem muito tempo, sabe? E aí de repente quando a gente entende que a COP poderia acontecer aqui em Belém, ou então no Rio, ou São Paulo, não, tem que ser em Belém, entende? Porque discutir sobre essas questões (ambientais) tem que ser na Amazônia, tem que ser no coração do debate e é muito importante as pessoas entenderem qual que é a importância da COP e o que está acontecendo aqui em Belém, que vai ser o centro de um debate tão importante.
Todo mundo, os especialistas estão falando que essa será a COP mais importante, porque ainda não foi cumprido todos os objetivos, então aqui é um lugar para colocar realmente esse assunto e acho que o meu papel é trazer conscientização sobre isso.Eu acho que a questão de embaixador para mim é um título que eu não estou apegado, mas eu acho que é também uma questão muito genuína. Independente de ser embaixador ou não, eu faria o mesmo esforço para trazer essa conscientização sobre esse assunto para cá.
A receptividade, inclusive com os músicos locais, é pra mim uma questão de respeito onde eu estou vindo, sabe? É importante que essa pirâmide, um palco tão grande, seja uma plataforma também importante para potencializar as vozes das atrações paraenses.
Sobre a cultura paraense, a culinária, eu já tinha provado açaí antes, puro, já tinha provado várias coisas, mas eu acho que hoje foi um gostinho especial, porque sei que voltei agora de uma maneira diferente.
O desafio hoje no show é que a gente tem muita tecnologia, tem muitas coisas, mas como que a gente sincroniza tudo. Como usar tudo da melhor maneira. E a gente vai fazer uma parada que nunca foi feita antes no mundo, com essa interação da pirâmide com o show de drones.