Moradores do bairro São José, em Parnaíba, têm denunciado que o descarte de material tóxico por caminhões limpa-fossas em um bueiro próximo de suas residências tem incomodado. É que, de acordo com a Empresa de Águas Esgoto do Piauí (AGESPISA), existe um acordo com a Secretaria de Estado da Saúde do Piauí para descarte do material retirado do Hospital Estadual Dirceu Arcoverde (HEDA), no local, que fica próximo a uma estação de tratamento de esgoto, mas os cidadãos alegam que tem outras pessoas se aproveitando dessa situação para depositar material orgânico no local.
Os Moradores estão revoltados com a situação. Segundo eles, o descarte do material tóxico tem sido feito várias vezes ao dia. No local a quantidade de lixo doméstico impressiona. A área fica localizada na Rua Sete de Setembro, no Bairro São José.
“Já faz uma semana, duas semanas, aproximadamente, que a gente tem observado que alguns caminhões que fazem a retirada de dejetos humanos de fossas […] Eles têm frequentado essa área aqui e no momento que eles estão nessa região a gente sente um forte cheiro de fezes”, relatou a moradora Jackeline Vieira.
Conforme informações dos populares, o despejo de material por lá ocorre durante o dia inteiro e todos os dias. Os moradores esperam que as autoridades competentes tragam respostas sobre o problema o mais rápido possível, pois segundo eles, a situação tem trazido transtornos.
O Portal Costa Norte levantou junto à Agespisa que a medida de cooperação entre os dois órgãos do Governo foi tomada em caráter emergencial. “Foi feita uma ação emergencial que envolveu a Secretaria de Saúde do estado e Agespisa para que recebessem apenas material da empresa que faz recolhimento do material do Hospital Estadual Dirceu Arcoverde porque o material não pode ser mais descartado no lixão de Parnaíba”.
Sobre a quantidade de vezes em que esse material tem sido descartado na estação de tratamento de esgoto no Bairro São José, fato que tem incomodado os moradores diante da proximidade do local com as casas, a Agespisa informou que; “O HEDA faz recolhimento desse material seis vezes ao dia. Na nossa percepção, o material é igual o que vai para nossa rede coletora. Apesar deles tirarem o material da fossa, mas a água vem de sua grande maioria de lavanderia”.
Nesta terça-feira (09), ocorreu uma audiência entre Ministério Público, Agespisa, Prefeitura de Parnaíba e representantes das empresas de caminhões limpa fossas atuantes na região para tratar sobre o destino desses dejetos.
A solução, segundo a Agespisa, é paliativa até que seja providenciado um local adequado para o descarte desse material tóxico, de forma que não leve quaisquer transtornos à comunidade parnaibana.
Fonte: PCN