Um estudo da Serasa revela que mais de 72 milhões de brasileiros estão com o nome sujo. No Piauí, 35% da população está inadimplente, conforme dados divulgados pela mesma pesquisa. Diante desse alto índice de endividamento, é crucial que a população adote práticas de organização e educação financeira no cotidiano, a fim de evitar o acúmulo de dívidas e a possível negativação do nome.
QUAIS AS IMPLICAÇÕES?
Pessoas com nome sujo enfrentam diversos obstáculos junto às instituições financeiras, como dificuldade para obter empréstimos, financiamentos e acesso a linhas de crédito. Além disso, muitos bancos não permitem a abertura de conta corrente por parte de endividados.
COMO EVITAR O ENDIVIDAMENTO?
Segundo Erlivaldo Bandeira, consultor de Negócios da Central Sicredi Nordeste, o primeiro passo para evitar o endividamento é conhecer a própria realidade financeira, registrando todas as despesas e receitas mensais. Dessa forma, é possível analisar quanto pode ser gasto e, se necessário, eliminar despesas supérfluas.
CONSULTOR
"Mesmo que a pessoa tenha uma noção dos gastos, ao colocar tudo no papel fica mais fácil tomar decisões financeiras adequadas”, explica o consultor.
RECOMENDAÇÕES
Erlivaldo recomenda que, para quem está com as contas em dia e possui uma visão clara de sua situação financeira, a prioridade deve ser a criação de uma reserva de emergência. Esta reserva pode ser aplicada em investimentos específicos, de acordo com o perfil do investidor, como produtos de renda fixa com liquidez diária, que são seguros e fáceis de realizar. No Sicredi, o investimento mínimo é de R$1,00.
PRIORIDADES
Para aqueles que já estão endividados, a principal orientação é priorizar a quitação das dívidas existentes e evitar novos compromissos financeiros. “Os mais endividados devem focar em pagar as contas de maior valor e impedir que elas acumulem juros excessivos. Também é possível negociar débitos com os bancos para obter descontos”, esclarece Erlivaldo.